terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

domingo no parque... e na padaria

No último domingo, o Theo estava um pouco, digamos, inquieto pela manhã. Depois que a Mari cuidou dele durante boa parte da noite, resolvi que era hora de fazer a minha parte e levá-lo para dar uma volta e deixá-la dormir um pouco.
Primeiro fomos ao parque, ou melhor, à pracinha aqui do lado de casa. Geralmente, o local é tomado por crianças e cachorros. Mas às 8h do domingo a única companhia por lá era um grupo de sobreviventes da noite inacabada, que bebia suas últimas cervejas.
Depois de um banhozinho de sol, uma volta rápida no local e umas fotos, fomos à padaria. Até então o Theo estava acordadão, mas foi só entrar e eu pegar uma mesa para ele cair no sono. Ali, entre barulhos de cadeiras arrastando e máquinas de fazer suco de laranja ele dormiu como se estivesse no colo da vovó. E podia chegar quem fosse para dar uma espiada no berço, tecer elogios e fazer um carinho na sua cabeça que ele nem ligava.
Uma dessas visitas foi um senhor que veio e falou o tanto que o Theo era lindo (algo que eu já desconfiava) e que se fosse neto dele eu estaria correndo sério risco dele levá-lo embora. Respondendo no mesmo tom amistoso, eu disse que já corria esse risco com a minha sogra. E foi então que ele me disse que não tinha netos porque não tinha filhos e que o tempo o havia ensinado que aquela velha "os pais educam e os avós estragam" tinha lá os seus motivos. Para ele isso acontece porque nós (pais) temos preocupações mais imediatas e materialistas. Ainda estamos montando nosso pé-de-meia e temos de ensinar alguns desses conceitos também para os nossos filhos. Já os avós estão com a vida geralmente feita. Os filhos já estão criados e sobra então a vontade de dar aos pequenos tudo o que puderem. Por isso é mais comum nutrirmos um carinho especial e diferente dos avós, algo diferente do que sentimos pelos pais.
Isso fez bastante sentido para mim. Mas tem uma outra coisa que me deixou pensando: que triste não ter um filho, né? Não o estou julgando. Nem sei quais foram os motivos dele não ter filhos, mas tendo o Theo sei como é gostoso sair com ele para passear. Mesmo que sejam 8h do domingo.

2 comentários:

Jordana disse...

quem não tem filho, empresta o filho dos outros =P

Lu disse...

Navegando, navegando, vim parar aqui. E tentei sair sem deixar um comment e tal, mas não consegui. Voltei.
Muitas vezes, não poucas, as pessoas não têm filhos por absoluta falta de oportunidade (e um cadinho de pânico). E, pra não ficar só no quão especial (e difícil) é encontrar alguém que mereça ser pai/mãe do seu filho, tem uma coisa que eu acho incrível e parece andar meio esquecida. Gerar uma vida é um baita milagre e cada nascimento é a reiteração desse milagre, sabe? A gente se habitua, com tantos bebês à volta, mas é algo absolutamente extraordinário, fora de série, o maior dos poderes! E também nem vou me aprofundar no quão pavorosa é a ideia de não dar conta da responsabilidade...
Enfim, me alonguei deveras. O blog é lindo, lindo, comovente mesmo. Theo vai amar de paixão loguinho, quando começar a ler. :)